"O incorruptível" de Hélder Costa - ao seu lado na foto está o presidente Mário Alves, presidente da ong Etnia
Logo mais, às 20h, o Cine Teatro
Cuiabá recebe o monólogo “O Incorruptível”, com texto de Hélder Costa e
interpretação do ator português Gil Filipe. O espetáculo tem entrada gratuita e
faz parte da programação do Circuito Cultural Lusófono (CCL), que começou dia
18 e termina nesta quinta-feira (20). A retirada de ingressos será na
bilheteria do CTC, uma hora antes do espetáculo.
Ao falar sobre corrupção e
corruptos, o espetáculo explora o humor como caminho mais eficaz para
desmascarar enganos e hipocrisias. Com 60 minutos de duração e classificação
etária de 12 anos a peça é uma sátira sobre o mundo contemporâneo através de um
personagem único: um político que quer ser corrupto e que tem a infelicidade de
ninguém o convidar para esses altíssimos negócios. Assim, o personagem
transforma-se num incorruptível contra sua vontade e passa a sofrer o desprezo
de familiares, amigos e correligionários.
O ator conta que interpreta a
peça desde 2007 e que mais de 20 mil pessoas já viram o espetáculo. Trazer ao
Brasil “O Incorruptível” é muito prazeroso a ele que conta gostar muito do país
e é um apaixonado pelo projeto de intercâmbio do CCL. “Faço parte da ong Etnia
e uma de nossas metas é criar Casas de Lusofonia nos países de língua
portuguesa a fim de manter esse trabalho de troca de forma permanente”,
esclarece. Questionado se a escolha da peça foi oportuna pelo fato de o Brasil
viver uma época de eleições ele disse que não foi nada proposital uma vez que o
assunto “corrupção” permeia todas as épocas. O monólogo dura uma hora e quinze
minutos e ele faz dez personagens diferentes utilizando apenas alguns adereços
de cena. E tem de tudo, amigo do futebol, bispo e até uma bruxa.
O autor
Hélder Costa é autor e encenador.
Fez estudos de Direito e frequentou o Instituto D' Études Théatrales (Sorbonne,
em Paris). Participou no CITAC (Coimbra) e foi presidente do Cênico de Direito
(duas menções honrosas no Festival Mundial de Teatro Universitário de Nancy, em
1966 e 1967). Foi fundador do Teatro Operário de Paris (1970). Encenador do
grupo A Barraca (prêmio UNESCO, 1992), dirigiu vários espetáculos em Espanha,
Brasil, Dinamarca e Moçambique. Dirigiu cursos e participou de congressos e
festivais em França, Alemanha, Suíça, Argentina, Cabo Verde, México, Colômbia,
Venezuela, EUA, URSS, Chile e Itália.
Uma das suas últimas obras, O
Príncipe de Spandau, teve estreia mundial em Viena de Áustria, foi montada na
Dinamarca, na Bolívia e em Londres, e teve leituras-espetáculo em Madrid,
Paris, Bruxelas, Romênia e Lisboa. Além dos seus textos, dirigiu Gil Vicente,
Chiado, Dário Fo, B. Brecht, Mrozeck, E. Scola, R. Fassbinder, Woody Allen,
Lope de Vega, Ionesco e Molière, entre outros.
Foi agraciado com vários prêmios
nacionais e internacionais de que se destacam: Grande Prêmio de Teatro da RTP,
Damião de Góis; Associação de Críticos, É Menino ou Menina; Casa da Imprensa
Fernão Mentes; Festival de SITGES, Zé do Telhado (melhor espetáculo) e D. João
VI (melhor texto); Prêmio da Associação de Atores e Diretores da Catalunha e
obteve ainda o primeiro prêmio do 1.º Festival Internacional da Cidade de
México com Dancing. Pertence ao corpo pedagógico da Escola Internacional de
Teatro de América Latina e Caribe.
Serviço
Monólogo “O Incorruptível”
Circuito Cultural Lusófono
Dia: 20 de setembro,
quinta-feira, às 20h
Entrada Gratuita
Retirada de ingressos na
bilheteria do CTC uma hora antes do espetáculo
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