segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Pavilhão das Artes recebe arte contemporânea de todo Centro-Oeste

Secretária estadual de Culturaem exercício, Vanessa Jacarandá abriu a exposição ao lado da gestora do Pavilhão das Artes, Magna Domingos e dos vencedores do Prêmio em Mato Grosso, o grupo Coletivo à Deriva (Foto: Meneguini)
 
Em meio às expressões artísticas, com muitos copos de água, baldes e sombrinhas, pessoas apreciadoras da arte contemporânea participaram do lançamento da exposição Jovem Arte Mato-Grossense, que foi aberta na última quinta-feira (17) e termina 18 de novembro e fica aberta de segunda à sexta, sempre das 13h às 19h. A entrada é franca..
Ao entrar no Pavilhão das Artes, no Palácio da Instrução, em Cuiabá, o visitante pode passear por vídeos, fotos e esculturas. Para a secretária de Estado de Cultura em exercício, Vanessa Jacarandá, o evento serve como estímulo para a valorização dos jovens artistas. “Este primeiro prêmio vem para aproximar Mato Grosso dos outros estados do Brasil”, pontuou.
A dupla formada por Paul Setúbal e Rodrigo Godá representou o Estado de Goiás como Grupo Empreza. Eles prepararam uma performance especialmente para Cuiabá que misturou embate corporal e crítica social. Mas, um detalhe é imprescindível: usando máscaras de carne. “O objetivo é causar estranheza nas pessoas. Notei um sentimento de aflição naqueles que nos assistiam”, ressaltou Setúbal, participante do Grupo Empreza.
Elevando o nome de Mato Grosso, Daniel Pellegrin e o Coletivo à Deriva, projeto de extensão de pós-graduação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), mostraram que o Estado tem muito a oferecer quando a questão é criatividade. Aos olhos de Pellegrin, pedras são comparadas com impressões digitais e rostos humanos. “Todas são imagens que me afetaram de alguma maneira”, destacou. Já o grupo Coletivo à Deriva realizou alguns trabalhos ao público e distribuiu pelo chão do Palácio da Instrução baldes e copos de água.
O objeto de mais destaque de uma das suas apresentações é a sombrinha, que faz analogia da falta de árvores para melhorar o clima seco e quente da capital. James Cáceres, de Mato Grosso do Sul, uniu o metal à vida. Modelou a partir de arames recozidos o corpo de um lobo-guará. “É muito bom o que Mato Grosso está fazendo para as regiões vizinhas”, falou. Os representantes do Distrito Federal, Miguel Ferrarini e Fernando Aquino, não puderam comparecer ao evento.
Magna Domingos, coordenadora de Intercâmbio da Secretaria de Estado de Cultura, explana que a premiação é um grito dos artistas mato-grossenses para o Brasil saber que “nós também produzimos cultura”. Os organizadores do Prêmio Jovem Arte Mato-Grossense, Benedito Nunes e Gervane de Paula, destacaram que a arte contemporânea é sempre uma interrogação e nunca uma afirmação. Uma maneira de fazer o público pensar de um jeito diferenciado.
INCENTIVO
O Prêmio Jovem Arte Mato-Grossense contemplou um artista de cada Estado da região Centro-oeste com R$ 10 mil. A iniciativa é de artistas e produtores independentes dos estados de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e Brasília e é patrocinada pelo Fundo Estadual de Fomento à Cultura do Estado de Mato Grosso, através da SEC.
Fernando Martins - Especial para a SEC

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