O espetáculo traz o conflito de uma família acertando suas contas, culpas, cobranças, perdas e sonhos. Mostra a relação conflitante entre dois irmãos, Kauan e William, filhos de um mecânico provinciano, por influência a um só tempo do espírito libertário do pai comunista e de um forasteiro hippie que acampou na cidade. William, o filho mais velho, fugiu de casa levando todas as economias da família e ganhou o mundo. O pai morreu de desgosto e o irmão mais novo Kauan manteve em funcionamento a oficina de motos dentro da residência e casou com a ex-namorada do irmão, Vera, que tenta construir a sua vida num cerco, onde não vê muita saída.
A mãe é uma dona de casa que cultiva a memória do falecido marido e a esperança do retorno do filho mais velho, William. Para o outro irmão, o mais novo, restou: a aldeia, a sucessão na gerência da família e o sonho de montar uma moto, mas uma peça desta moto está em falta no mercado.
Quando William retorna à família, já um escritor de sucesso no exterior, carente de suas referências de formação, descobre que seu pai morreu e reencontra Vera, sua ex-namorada e atual esposa de Kauan. Todos buscam transcender os limites da alma e do corpo em busca de um sonho muito além dos limites da realidade.
Para os atores, não foi nada fácil conciliar o tempo e a vontade de realizar um sonho esmaecido, que aflorou nas veias de cada um e o fervor de mostrar os sentimentos mais profundos, esquecidos dentro de cada ser. Entre o amor, compreensão e desejos contidos em seu tempo de vida, não deixaram cair por terra toda verdade que deveria chegar ao palco.
O sofrimento da produção para se conter e repensar cada peça desse quebra-cabeça, que precisa deixar tudo dentro do contexto fiel e, ao mesmo tempo, cênico, num momento atemporal. Uma palavra forte e concisa: direção. Foi o que os fez irem mais além, para mostrar e ensinar todo o caminho percorrido, passo a passo de cada palavra, ato e interpretação.
Paulo Fábio, ator e diretor, foi quem passou para os atores a certeza de que tudo é possível. “Acompanhei todo o processo de criação e construção de personagem, tentando levar a verossimilhança, a verdade cênica”, explicou.
Todos os ensaios foram realizados no fundo de um quintal, na casa de um dos atores, onde os objetos cênicos e adereços irão fazer parte do cenário. A construção do cenário envolveu toda a equipe da companhia para chegar a uma apresentação a contento do diretor e, principalmente, pensando numa visão geral e crítica do público. Várias peças de moto foram coletadas para chegar cenicamente a uma oficina mecânica. Na cozinha foram inseridos objetos utilizados comumente em lares interioranos. A iluminação e a trilha pesquisada fazem uma conexão deslumbrante no tom e brilho do contexto da trama.
Apoio
A peça teve o apoio cultural da Secretaria de Estado de Cultura, através do Pavilhão das Artes, Fortinox, Hiald Iluminação, Lúcio Som, Gráfica Defanti, Zoi Motos, IDM Informática, Cuiabá Cartucho, Teatro Termômetro e Cia Cena Onze de Teatro.
A adaptação do texto foi de Marcos Alessandro. A supervisão do texto: Joilson Francon. No elenco: Marcos Alessandro (Kauan); Marcondes Araujo (William); Núbia Araujo (Vera); Clélia Gattaz (Cristina). Figurino e trilha de: Entrevia de Teatro, Joilson Francon, Paulo Fábio. Concepção da iluminação: Lourivaldo Rodrigues e operador de iluminação: Carlos Marlon. Operador de sonoplastia foi: Ronildo e Contrarregras: Fátima Jabur e Anderson Nobre. Maquiagem, cenário, fotos e arte: Entrevia de Teatro.
Serviço: Quando: 1º e 02 de setembro de 2012
Onde: Pavilhão das Artes
Que horas: 20h10
Quanto: R$ 20 (inteiro) R$ 10 (meia)
Onde: Pavilhão das Artes
Que horas: 20h10
Quanto: R$ 20 (inteiro) R$ 10 (meia)
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