Lembre-se que a obra foi lançada originalmente pela editora Cooperativa Cultural dos Esperantistas, do Rio de Janeiro, em 1969. O próprio marechal Rondon ditou sua biografia à jornalista Esther de Viveiros, o que resultou no livro ora reeditado.
Descendente de índios Bororo, Guaná e Terena, Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu em Mimoso, Mato Grosso, em 5 de maio de 1865. Órfão de pai e mãe ainda na infância, foi criado por um tio que o enviou ao Rio de Janeiro para os estudos militares e de preparação para a vida profissional. Em 1889, aos 24 anos de idade, Rondon foi nomeado ajudante do então major Antonio Ernesto Gomes Carneiro na Comissão de Linhas Telegráficas Estratégicas, no Mato Grosso. É com esse oficial (“o único chefe que eu tive”) que ele se definiu como uma das mais generosas figuras da Humanidade.
À biógrafa Esther de Viveiros, nos depoimentos visando ao livro, Rondon conta, de forma pormenorizada, a sua luta em defesa dos índios quando das viagens pelo interior do sertão brasileiro (regiões Centro-Oeste e Norte do país) a fim de definir a implantação de linhas telegráficas. Esta iniciativa pioneira foi coroada de pleno êxito e o imortalizou na História do Brasil como “O Patrono das Comunicações”.
Nos depoimentos a Esther de Viveiros, nota-se um relato entre a objetividade do relato histórico propriamente dito e a narrativa singela do cotidiano vivido em meio ao sertão desconhecido. E, de quebra, revela outras singularidades da figura de Rondon, como as suas crenças filosóficas e religiosas, o seu positivismo e o quanto ele valorizava valores do caráter humano, a exemplo da coragem, da amizade e da lealdade.
O evento contará com a presença do secretário de Estado de Cultura de Mato Grosso, João Malheiros, e de representantes do Exército brasileiro: o coronel Josevaldo Souza Oliveira, diretor-chefe da Biblioteca do Exército, e o general Guilherme Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, do Rio de Janeiro.
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